PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO E PROCESSO DE AUTOAVALIAÇÃO DO CURSO
A criação do Programa de Mestrado Acadêmico “Medicina Veterinária no Meio Ambiente Litorâneo” (PMA-MVMAL) é uma consequência direta do PDI 2015-2019 da Universidade Metropolitana de Santos (UNIMES). Neste, a instituição reconhece “o importante papel social que a educação continuada realiza na promoção do desenvolvimento e bem-estar da sociedade”, e que “incentiva e promove a pesquisa para a produção de conhecimento e apoio necessário à qualificação do ensino”, pautando-se como estratégia de ação, o “incentivo aos mestres e doutores em formação, através de bolsas e de uma política de cargos e salários que vem fixando um quadro permanente mais qualificado e em condições de sustentar um processo de pesquisa e pós-graduação”. Para tanto, “para o período de vigência deste PDI, a UNIMES planeja a expansão do seu quadro docente, tanto em termos de sua titulação, quanto em termos do número de professores. Esta expansão decorrerá, principalmente, da implantação de novos cursos de Graduação, da ampliação dos programas de Pós-Graduação”.
Neste contexto, a criação do PMA-MVMAL da UNIMES visou ampliar a capacidade investigativa na região para a promoção do desenvolvimento e bem-estar da sociedade, preenchendo a lacuna existente quanto ao oferecimento de profissionais pós-graduados na área Medicina Veterinária. Em sua criação e om sua consolidação, o programa busca prover, ao egresso, a capacidade de atuar como agente na formulação de ações de políticas públicas, educacionais, de sustentabilidade e de consciência ambiental nas vertentes de produção animal, de saúde animal e sua sólida interface com a saúde pública e na conservação do meio ambiente, suportes da Saúde Única. Destarte, busca criar metodologias e tecnologias a partir de discussões inseridas na área de concentração “Medicina Veterinária no Meio Ambiente Litorâneo”, em suas três linhas de pesquisa: “Consequências da exploração agrícola e industrial no meio ambiente litorâneo”, “Peculiaridades das enfermidades de animais no meio ambiente litorâneo” e “Desafios da produção animal no meio ambiente litorâneo”.
Para a definição da política e sistemática de implementação da autoavaliação do PMA-MVMAL, foi aprovado pela Comissão de Ensino de Pós-Graduação (CEPG) do programa a constituição do Grupo de Trabalho para Autoavaliação e Planejamento Estratégico (GTAPE). Ao GTAPE coube propor os aspectos da autoavaliação a serem adotados e sobre as questões mais técnicas relacionadas ao projeto de autoavaliação do programa com a definição dos objetivos; estratégias; método – técnicas, instrumentos, formas de análise, frequência de coleta de dados; cronograma; recursos e definição de equipe de implementação.
O planejamento, visando maior eficiência no processo decisório, com coordenação de esforços e produção de novas ideias, ampliação do espírito de equipe e maior envolvimento dos sujeitos, é considerado um processo de suporte à coordenação de um programa de Pós-Graduação. O PMA-MVMAL busca sua consolidação. Para tal, a coordenação, os docentes, os técnicos e os discentes tornam-se os agentes de planejamento. Neste contexto, o GTAPE destacou que a identidade do PMA-MVMAL, que expressa sua finalidade principal, proporciona a seus integrantes justificativa para sua dedicação. Esta identidade é definida em seu objetivo principal:
“O Programa de Mestrado Acadêmico “Medicina Veterinária no Meio Ambiente Litorâneo” visa estudar as consequências da ocupação regional na preservação das áreas terrestres e marinhas do meio ambiente litorâneo, bem como as condições de saúde e de produção das diferentes populações animais urbanas, rurais, aquáticas e silvícolas da região litorânea, à luz de suas características edafoclimáticas e das peculiaridades socioeconômicas, situando-as no contexto de Saúde Única”.
O PMA-MVMAL define, desde sua origem, como sua vocação, ou missão, “constituir um núcleo de referência em Medicina Veterinária aplicada ao bioma litorâneo e adequada ao conceito de Saúde Única, nos contextos regional, nacional e internacional”.
Por sua vez, a visão estratégica determina em que lugar e como o programa quer chegar, em um determinado momento do futuro. É o estabelecimento de um horizonte de curto, médio e longo prazo. Para tanto, ao longo deste seu primeiro quadriênio, o programa, por meio de seu GTAPE, interpretou ser coerente adaptar sua visão estratégica. Assim, realisticamente, determinou como alvo a ser perseguido e executado sua inserção regional, nacional e internacional, discriminadas como missões a curto, médio e longo prazo, respectivamente.
Para o aprofundamento de sua avaliação, planejamento e estabelecimento de metas, o GTAPE destacou os valores e princípios que permeiam a estratégia de consolidação e ampliação do programa, referências na própria existência do PMA-MVMAL.
Destarte, os valores do PMA-MVMAL são:
Ética.
Comprometimento.
Excelência.
Respeito às diferenças e à diversidade.
Inovação baseada na ciência.
Respeito e valorização dos preceitos da Saúde Única.
Somam-se os princípios do PMA-MVMAL, quais sejam:
Excelência acadêmica.
Compromisso acadêmico.
Gestão democrática.
Transparência dos processos de gestão.
Liberdade de expressão.
O PMA-MVMAL foi recomendado pela Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES) em 15/04/2016 e iniciado em 01/04/2017. De tal modo, o programa ainda não foi submetido a avaliações parciais ou quadrienais pela CAPES que, em seus relatórios, provém informações indicativas para o aperfeiçoamento do programa, provenientes de avaliação externa.
Destarte, desde a implantação do programa, parte de sua autoavaliação vem sendo realizada pela análise de dados disponíveis no currículo lattes de seus docentes e discentes, pois é desta maneira que a CAPES obtém as informações de cada programa. Para tanto, a colaboração dos docentes e discentes do programa, mantendo seus Currículos Lattes atualizados, tornara-se de suma importância. Esta avaliação vem servindo de subsídio para a avaliação dos requisitos mínimos exigidos, estabelecidos pelo regulamento do programa, para o recredenciamento dos orientadores.
Ainda, desde seu início, as disciplinas oferecidas, a cada vez que são ministradas, são anonimamente avaliadas pelos discentes. Cada avaliação é, então, discutida pela CEPG do programa, composto por docentes e discentes, e medidas pertinentes são tomadas.
Para a definição da política e sistemática de implementação da autoavaliação do PMA-MVMAL, foi aprovado pela CEPG do programa a constituição do GTAPE. Ao GTAPE coube propor os aspectos da autoavaliação a serem adotados e sobre as questões mais técnicas relacionadas ao projeto de autoavaliação do programa com a definição dos objetivos; estratégias; método – técnicas, instrumentos, formas de análise, frequência de coleta de dados; cronograma; recursos e definição de equipe de implementação.
Formulários de avaliação passaram a ser aplicados a discentes, egressos, corpo docente e corpo técnico e administrativo, por via eletrônica, e apresentados ao GTAPE, mantendo-se o sigilo. Além disso, toda informação enviada via Ouvidoria da UNIMES (críticas, reclamações ou elogios ao programa, seus docentes, colaboradores e/ou à coordenação) passou a ser compilada e apresentada. Os dados dos questionários são coletados e compilados pelo GTAPE e enviados à CEPG do programa. A partir dos resultados obtidos nas etapas da autoavaliação, o GTAPE determina ações a curto, médio e longo prazo, visando a melhoria contínua do PMA-MVMAL. Com as propostas descritas pelo GTAPE, o CEPG do programa avalia e dá encaminhamento nas propostas que julgam pertinentes.
Decisões que dependem do resultado da avaliação:
Descredenciamento de docentes do programa.
Adequação das disciplinas oferecidas, sejam elas obrigatórias ou não obrigatórias.
Desenvolvimento de propostas para ações extensionistas.
Desenvolvimento de ações motivadoras para corpo docente e técnico/administrativo.
Desenvolvimento de ações motivadoras para corpo discente.
Por sua vez, a UNIMES determina, em seu Plano de Desenvolvimento Institucional (PDI), que “Para o sucesso de um planejamento e gestão organizacional, além de estarem claros os objetivos e metas a serem atingidos, é fundamental que haja um acompanhamento efetivo e eficaz de todo o processo, com o fim de verificar se as ações estão em consonância com o planejado. Assim, para cuidar que as ações estejam sendo cumpridas e para rever as metas inicialmente estabelecidas, a Instituição promove constante acompanhamento dos objetivos traçados envolvendo toda a comunidade acadêmica”. Para tal, define, em seu PDI, que “O gestor deste acompanhamento é o Pró-Reitor Acadêmico, que faz suas observações, reportando-se ao Reitor. Cabe ao Conselho Universitário a tarefa de monitorar e avaliar o processo mediante reuniões semestrais, específicas para tal fim”.
Deste modo, estabelece, em seu PDI, que “a Comissão Própria de Avaliação mediante o Projeto de autoavaliação conduz os trabalhos de avaliação dos objetivos e metas atingidos”. Destarte, a Comissão Própria de Avaliação (CPA) da UNIMES também avalia seus programas de pós-graduação stricto sensu.
Buscando-se avaliar o cumprimento das metas estabelecidas, o planejamento estratégico deverá ser atualizado, sempre que necessário, em função dos resultados das avaliações de meio termo, dos relatórios analíticos de autoavaliação e da CPA da UNIMES, bem como para atender novas legislações ou orientações da CAPES, mediante análise dos efeitos das ações planejadas, que contribuirá, ainda, para a autoavaliação do PMA-MVMAL.